terça-feira, 25 de dezembro de 2012

GESTAÇÃO DE ALTO RISCO

Link: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf

Principais mudanças fisiológicas na gestação e exercício físico


Resumo
          Os benefícios da atividade física para grupos especiais estão cada vez mais sendo valorizados. A prática do exercício físico na gestação vem sendo tema de diversas discussões, sua importância para uma gestação mais saudável, bem como o desenvolvimento fetal e a recuperação pós-parto. Embora ainda existam poucos estudos sobre o assunto, cada vez mais as gestantes e profissionais da saúde recorrem às atividades para amenizar os incômodos e transformações que ocorrem nesse período, bem como proporcionar uma ótima qualidade de vida. Este trabalho é uma revisão literária que tem como objetivo apresentar as principais alterações psicológicas e fisiológicas que ocorrem no organismo durante a gestação. Os trabalhos destacam benefícios como: prevenção e redução de lombalgias, fortalecimento muscular, maior flexibilidade e tolerância a dor, elevação da auto-estima da gestante, entre outros. As atividades recomendadas são leves a moderadas, de preferência, aquelas que proporcionam bem-estar físico e convívio social para a mulher. Os exercícios aquáticos são os mais citados, indicados principalmente pelos benefícios trazidos pelas propriedades físicas da água. Cabe aos profissionais da Educação Física avaliar e prescrever os exercícios mais indicados para cada grupo em especial, promovendo assim, uma melhor qualidade de vida para a gestante e o bebê.
          Unitermos: alterações fisiológicas, gestantes, atividades, exercício físico.


1.     Introdução
    A atividade física é definida como qualquer movimento corporal em função de contração muscular, com gasto energético acima do basal que, em última análise, permite o aumento da força física, flexibilidade do corpo e maior resistência, com mudanças, seja no campo da composição corporal ou de performance desportiva. (RAMOS, 1999).
    A literatura que recomenda exercícios físicos durante a gestação muitas vezes é baseada no ‘senso comum’, pois, nem médicos, nem pesquisadores, nem mesmo as gestantes querem correr o risco de participar de pesquisas que nem sempre concluem o que realmente ocorre durante o período gestacional. Por isso, infelizmente nenhum padrão de exercício foi propriamente desenvolvido para esse grupo específico. (BARROS, 1999).
    CRISTÓFALO, MARTINS E TUMELERO (2003), citando Barros (1999) afirmam que os exercícios para gestantes devem incluir a combinação de atividades aeróbias envolvendo grandes grupamentos musculares e atividades que desenvolvem força de determinados músculos. Acredita-se que uma musculatura abdominal forte possa ajudar no processo de expulsão do bebê. A força muscular de membros superiores também é muito importante para carregar a criança, que aumenta cada vez mais o seu peso.
    Para promover atividades que beneficiem a gestante, tendo em vista seu bem estar, é preciso entender como a gravidez interfere na prática da atividade motora. Neste sentido, os estudos de e WOLFE et al (1994) apontam que num trabalho diferenciado para a gestante, é importante saber a modalidade, a intensidade e a duração da atividade física, de forma a promover a saúde materna e fetal. Sendo também importante saber os benefícios da gravidez sobre a capacidade do exercício materno para manter com segurança a produtividade no trabalho a ser desenvolvido.
    GAZANEO, OLIVEIRA (1998), citando Stedman’s (1991) dizem que gestação é o período que ocorre entre a fecundação até o nascimento do bebê. É uma fase de grandes transformações: emocionais, sociais, psicológicas e fisiológicas.
    As mudanças no corpo são de suma importância, os sistemas reprodutor, urinário, cardiovascular, respiratório, termorregulador e principalmente o sistema esquelético sofrem grandes alterações.
    O presente trabalho tem por objetivo apresentar, através de revisão de literatura, considerações levantadas a respeito da prática de atividade física durante a gestação de mulheres não atletas, com enfoque especial nas mudanças fisiológicas que ocorrem na gestante e a importância do exercício nesse período. A revisão dos artigos limitou-se ao período de 1989 a 2009, utilizando os termos: alterações fisiológicas, atividade física e gravidez. As publicações foram obtidas nos bancos de dados Medline e Scielo e em artigos e textos eletrônicos sendo consultados ainda livros didáticos de diferentes períodos para esclarecimentos sobre definições e conceitos.
2.     Aspectos psicológicos
    Estar fisicamente ativa e junto com os benefícios do exercício, pode afetar diretamente a experiência da gravidez na mulher e sua auto-imagem, durante esse período o exercício físico oferece uma variedade de benefícios como o encorajamento a cooperação tão como experiências de diversão e satisfação.
    Segundo MALDONADO (1984), os aspectos psicológicos mais importantes nos três trimestres da gravidez são:
  • 1º trimestre: Ocorre à percepção da gravidez, consciente ou inconsciente, inicia-se a formação da relação materna – filial. Manifestações mais comuns: hipersônia, náuseas, vômito, desejos e aversões, aumento de apetite, oscilações de humor, aumento da sensibilidade.
  • 2º trimestre: Sensação dos primeiros movimentos fetais – personificação do feto. Manifestações comuns: alterações do desejo e desempenho sexual, alterações do esquema corporal, introversão e passividade ou aumento de atividade.
  • 3º trimestre: Proximidade do parto. Manifestações comuns: aumento da ansiedade, temores de um filho saudável, preferência de sexo.
    MATSUDO e MATSUDO (2000) descrevem a importância que vem sendo dada aos benefícios psicológicos e sociais, que são equiparadas ou até mais importantes que as vantagens biológicas, a melhora da auto-estima e auto- imagem gerando sensação de bem estar e diminuindo a sensação de isolamento social a ansiedade e o stress, diminuindo assim o risco de depressão.
3.     Alterações fisiológicas
    O sistema hormonal é responsável pelas alterações que ocorrem no organismo da mulher durante a gravidez, deste modo é importante verificar quais suas principais funções neste processo.
    Segundo GUNTHER (1976), do ponto de vista hormonal, a gravidez é, no inicio, a continuação das modificações que se produzem no período pré-menstrual que servem para adaptar o organismo materno à gravidez e, em seguida, à proteção da vida nascente da criança.
    SÁ, ACCÁCIO e RADL (2007), citando Guyton (2002), descrevem como 3 dos principais hormônios atuam no corpo da mulher grávida:
  • Estrogênio: aumento do útero, aumento das mamas, crescimento das estruturas mamárias aumento da genitália externa. Além disso, ajuda na produção de relaxina.
  • Relaxina: inibe atividade uterina, amolece o tecido conectivo do sistema esquelético.
  • Progesterona: altera o tamanho e a função dos seios, para permitir a produção de leite; aumenta e engrossa o útero, para dar suporte ao ovo fertilizado; aumenta a temperatura basal e o ritmo respiratório.
    Saber como e onde atua cada hormônio é de extrema necessidade para o profissional de educação física, pois assim, podemos definir o quanto podemos exigir de nossa clientela.
    De acordo com GUNTHER (1976), com relação ao sistema nervoso, há prevalência dos impulsos parassimpáticos sobre o simpático, devido à influência dos hormônios. Por esse motivo verifica-se na gravidez forte instabilidade de humor.
    Segundo SILVA (2005), citando Holstein (1988) o sistema gastrointestinal tem sua atividade diminuída durante a gestação, provocando assim alguns desconfortos durante esse período. O exercício pode aumentar o apetite da gestante, diminuindo a dor causada pela lentidão do intestino, este também pode ser estimulado treinando a contração e relaxamento do músculo períneo e praticando exercícios pélvicos.
    WOLFE (1994) classifica as principais adaptações cardiorrespiratórias mais importantes que ocorrem na gravidez:
  • O volume sanguíneo aumenta em 40 a 50%; a hemodiluição é responsável por uma concentração reduzida de hemoglobina.
  • O aumento do volume sanguíneo acarreta dilatação do ventrículo esquerdo.
  • Ligeiro aumento na captação de oxigênio em repouso e durante o exercício submáximo com o peso devidamente apoiado, como ocorre ao pedalar uma bicicleta estacionaria.
  • Aumento substancial na captação de oxigênio durante exercício com sustentação do peso, como ocorre ao caminhar ou correr (McMURRAY et al, 1988).
  • Aumento da freqüência cardíaca durante o exercício submáximo.
  • Essencialmente nenhuma alteração no VO2 max. (L/min.)
  • Aumento da resposta ventilatória em repouso e com o exercício submáximo.
  • Possível resposta hipoglicêmica exacerbada durante o exercício, em especial no final da gravidez.
  • Possíveis respostas abafadas no sistema nervoso simpático ao exercício no final da gestação.
    Devemos entender melhor como o processo de respiração pode ajudar na gestação, o aprendizado da prática da respiração abdominal é relaxante e acalma, fortalece o diafragma e o abdômen, o que ajudará na expulsão do bebê. (OTTO, 1984).
    SILVA (2005), citando Holstein (1988), afirma que quando o útero cresce e faz uma pressão sobre o diafragma, à função pulmonar é alterada. O diafragma não pode “descer” durante a inspiração, levando muitas mulheres a sentir que não podem inalar profundamente, por isso, o tronco compensa este enchimento, permitindo que a caixa torácica aumente, providenciando um adequado espaço para os pulmões, criando assim, uma tendência para a hiperventilação, então a gestante precisa ser lembrada para respirar lentamente.
    Segundo SÁ, ACCÁCIO e RADL (2007), quando se está em imersão na altura do ombro, os músculos respiratórios terão que trabalhar contra a pressão hidrostática para expandir o tórax, garantindo uma das grandes vantagens da imersão no processo terapêutico durante a gravidez: exercitar forçadamente a musculatura inspiratória, podendo diminuir as sensações de falta de ar.
    Em geral, a gestante acumula 2700g de água e sal durante a gestação, pelo aumento da progesterona e do estrógeno, que reabsorvem o excesso de sódio pelos túbulos renais. No entanto, a gestante consegue equilibrar o aumento da reabsorção renal por meio do aumento da filtração glomerular, perdendo água e eletrólitos na urina. (GUYTON, 2002)
    Para SÁ (2007), o grande benefício da imersão tanto para gestantes com retenção hídrica como para portadoras de hipertensão arterial é o fato de 20 a 40 minutos de imersão promover uma perda de 300 a 400 ml de líquidos na urina.
    A imersão promove o aumento da absorção de água pelos rins, aumento da natriurese e diminuição da pressão arterial, a soma desses efeitos imersão promove débito urinário aumentado, aumento da natriurese e diminuição da pressão arterial, a soma desses efeitos gera um aumento de aproximadamente 700% na produção de urina. (BAUM, 2000)
    ARTAL, (1999) afirma que para enfrentar as necessidades crescentes do útero e de outras partes do corpo, a gestante apresenta ainda, aumento de 40% do volume sanguíneo provocando uma queda no nível de hemoglobina de aproximadamente 80%, esse efeito é chamando anemia de diluição ou anemia fisiológica da grávida, podendo ocorrer cansaço e mal-estar no início da gestação.
    O volume sanguíneo aumentado é acompanhado por uma dilatação das veias do abdômen inferior, o que pode aumentar o risco de veias varicosas, hemorróidas e edemas nos membros inferiores. Por isso, atividades aquáticas auxiliam as gestantes, graças ao aumento do retorno venoso promovido pela pressão hidrostática. (SÁ, ACCÁCIO e RADL 2007)
    De acordo com ALVES (2009), por causa das propriedades físicas da água, os exercícios aquáticos podem ser a forma mais saudável, mais confortável e mais segura para muitas gestantes, pois suavizam o peso corporal, diminui o estresse sobre os músculos e articulações, e tem um efeito refrescante, pois a temperatura corporal da gestante é um pouco mais alta que a normal.
    As alterações fisiológicas gestacionais interferem no sistema musculoesquelético da mulher, podendo aumentar o risco de lesões ortopédicas nesse período. A frouxidão ligamentar promovida pelo estrogênio e pela relaxina, assim como o edema de partes moles, acaba propiciando ocorrência de lesões e dores lombares. (SÁ, ACCACIO, RADL, 2007)
    CRISTÓFALO, MARTINS E TUMELERO (2003), citando Hanlon (1999) afirmam que a modificação postural é um mecanismo compensatório, que tenta minimizar os efeitos ligados ao aumento da massa e distribuição corporal na gestante, como a hiperlordose lombar que se deve à distensão dos músculos da parede abdominal e à projeção do corpo para frente do centro de gravidade.
    GAZANEO, OLIVEIRA (1998), citando Ostgaard et al. (1997) comentam estudos que identificaram os efeitos de exercícios físicos na redução da lombalgia em gestantes, confirmando o efeito benéfico das atividades, enquanto testes musculares demonstram que o exercício isométrico aprimora a funcionalidade dos músculos afetados na gravidez, auxiliam também na obtenção de uma postura normal após o parto.
4.     Prescrição de exercícios para gestantes
    CRISTÓFALO, MARTINS E TUMELERO (2003), citando Barros (1999) afirmam que nas prescrições iniciais de exercício aeróbio deveriam ser incluídas, no mínimo, três sessões semanais, com dias intercalados de exercício, cada uma com duração de 30 a 45 minutos. A intensidade de exercícios empregada deve manter uma média estável da freqüência cardíaca numa faixa de 130 a 150 batimentos por minuto. A freqüência mínima é de três vezes na semana e programados em diferentes atividades, duração e intensidade. Atividades onde existam contato físico e chances de queda são desaconselhadas.
    Os exercícios de força também são benéficos às gestantes. LEITÃO et al. (2000) afirma que um dos principais benefícios deste tipo de treinamento é auxiliar na manutenção da massa magra, enfatizando exercícios com grandes grupamentos musculares. Duas séries de 8 a 10 repetições realizada 2 a 3 vezes por semana utilizando uma intensidade de aproximadamente 60% de força máxima trazem resultados satisfatórios. É necessária muita cautela na prescrição de tal prática, deve-se analisar todo o histórico gestante e prescrever exercícios leves com cargas moderadas, evitando sempre a fadiga e a exaustão.
    A atividade aquática bem orientada proporciona: alívio de dores, relaxamento muscular, mantém e aumenta a amplitude de movimentos das articulações, reeduca músculos semi ou atrofiados, desenvolve a força e a resistência, proporciona maior fortalecimento muscular, melhora ou reabilita as atividades funcionais da marcha, condicionamento cardiorrespiratório, controle do peso corporal, e ainda evitam tensões e desgaste das articulações devido à flutuabilidade, as condições da pele e da circulação também são melhoradas. (KATZ, 1999)
    Segundo DERTKIGIL et al. (2005), estudos feitos por Aires et al. (2001) avaliaram gestantes com bolsa íntegra, sob imersão subtotal em água, em diferentes tempos de permanência (30, 45 e 60 minutos), obtendo resultados semelhantes de aumento do líquido amniótico nos três tempos avaliados, sendo o tempo de imersão de 30 minutos tão eficaz e suficiente quanto 45 e 60 minutos.
    A natação é uma grande alternativa, pois é uma atividade com bom componente aeróbio, que não suporta o peso corporal, característica considerada apropriada durante a gravidez. Nesse caso é fundamental manter a temperatura do ar e da água confortável e nada de acordo com as habilidades. (BARROS, 1999)
    ALVES (2009), afirma que a gestante só poderá praticar atividades físicas se tiver autorização médica, o programa de exercícios deve ser seguro e considerar todas as modificações fisiológicas e psicológicas de que tratamos, além do que os resultados só trarão benefícios se forem respeitados a fisiologia e a individualidade biológica da mãe.
5.     Precauções a serem tomadas
    Para que a prática de atividades durante a gestação e no período pós-parto seja feita com segurança, é preciso que sejam observadas algumas recomendações do ACOG (Universidades Americanas de obstetrícia e ginecologia), que desenvolveram algumas instruções. (KATZ, 1999)
    Assim, durante a gestação deve-se:
  • Restringir o ritmo cardíaco a não mais que 140 bpm,
  • Limitar as atividades rigorosas a 15 minutos de duração,
  • Não se exercitar de bruços após o quarto mês de gestação,
  • Evitar exercícios que empregam a manobra de Valsava,
  • Certificar que a ingestão calórica seja suficiente não só para suprir a energia extra da gestação, mas também para a performance do exercício,
  • Manter a temperatura corporal abaixo de 38 graus Celsius.
  • Evitar movimentos de impulsão (saltos e arranques),
  • Beber líquido à vontade antes e depois do exercício, evitando desidratação,
  • Interromper a atividade e procurar um médico se surgir qualquer sintoma incomum.
6.     Considerações finais
    É indiscutível o fato de que a atividade física proporciona uma melhor qualidade de vida e manutenção da saúde. Porém, ainda são poucos os estudos sobre exercício físico na gravidez, pois essa é uma área onde as pesquisas ainda estão se desenvolvendo, não se encontra na literatura nenhuma padronização de atividades para esse grupo em particular, na maioria dos estudos se encontram as precauções, contra-indicações e atividades recomendadas para esse período.
    Atualmente a prática de atividades físicas está cada vez mais presente no cotidiano feminino, a gravidez pode ser um estímulo para muitas mulheres procurarem essas atividades, por isso é de suma importância um trabalho junto ao médico da gestante. A troca de informações entre o profissional de Educação Física e o médico promove um trabalho seguro que leva em conta a individualidade e o nível de aptidão de cada cliente, permitindo assim, um trabalho personalizado e efetivo, com exercícios adequados ao período gestacional, sem qualquer risco à saúde da mãe ou do bebê.
    Certamente, exercícios físicos prescritos de forma adequada por um profissional capacitado e responsável trarão benefícios para a gestante e o feto. O convívio com as mudanças fisiológicas citadas no trabalho pode ser mais agradável se a gestante participar de atividades leves e confortáveis que promovem prazer e mantém o bem estar físico como uma boa postura evitando dores, flexibilidade para realizar ações cotidianas, tônus muscular, entre outras. Além disso, o ambiente descontraído e o convívio com outras mulheres podem trazer um benefício psicológico para a gestante que desde já começa a cuidar de sua saúde e da saúde de seu filho.
    Mesmo sem uma prescrição específica para este grupo em especial, cabe ao profissional de Educação Física inovar, montando aulas direcionadas sempre de forma simples e segura, respeitando todas as recomendações e suspendendo os exercícios sempre que achar necessário, preservando principalmente a saúde física e psicológica da gestante.
Referências
  • AIRES, C.E. Modificações no índice de liquido amniótico estimado pela ultra-sonografia em gestantes submetidas a imersão subtotal em água. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v.23, n.2, p.101-105, mar. 2001.
  • ALVES, M.V.P. Hidroginástica. Novas Abordagens. Rio de Janeiro: Atheneu, 2009.
  • ARTAL, R. O exercício na gravidez. 2ed. São Paulo: Manole, 1999.
  • BARROS, T. L.; GHORAYEB, N. Exercícios, saúde e gravidez. In: Preparação Fisiológica, Avaliação Médica, Aspectos Especiais e Preventivos. São Paulo: Atheneu, 1999.
  • BAUM, G. Aquaeróbica Manual de Treinamento. São Paulo: Manole, 2000.
  • CRISTÓFALO, C.; MARTINS, A. J.; TUMELERO, S. A prática de exercício físico durante o período de gestação. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires, ano 9, n.59, Abr, 2003. http://www.efdeportes.com/efd59/gestac.htm
  • DERTKIGIL, M.S.J.; CECATTI, J.G.; CAVALCANTE, S.R.; BACIUK, E.P.; BERNARDO, A.L. Liquido amniótico, atividade física e imersãoem água na gestação. Revista Brasileira de Saúde Materna e Infantil, Recife, v.5, n.4, p. 403-410, out/dez. 2005.
  • GAZANEO, M. M.; OLIVEIRA, L. F. Alterações posturais durante a gestação. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v.3, n. 2, 1998.
  • GUNTHER, H.; KOHLRAUCH, W & LEUBE, H. T. Ginástica médica em ginecologia e obstetrícia. Trad. Zilda Barbosa Anthony. São Paulo: Manole, 1976.
  • GUYTON, A.C. & HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
  • HOLSTEIN, B. B. Shaping up for a healthy pregnancy: Instructor guide. Life Enhacement publications. Champaign, Illinois. 1988.
  • KATZ, J. Exercícios aquáticos na gravidez. Trad. Rodrigo Donato de Araújo. São Paulo: Manole, 1999.
  • LEITÃO, M. B. et al. Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Atividade Física e Saúde na Mulher. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol.6 n.1, jan-jun. 2004. p. 63-70.
  • MALDONADO, M.T. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. 6ed. Petrópolis: Vozes, 1984.
  • MATSUDO, V. K. R.; MATSUDO, S. M. M. Atividade física e esportiva na gravidez. In: TEDESCO, J. J. A grávida. São Paulo: Atheneu, 2000. p. 59-81.
  • OTTO, E. R. C. Como ter um bebê mantendo-se em forma: ginástica para gestantes. São Paulo: Manole, 1984.
  • RAMOS A.T.; Atividade Física: diabéticos, gestantes, terceira idade, crianças e obesos. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.
  • SÁ, T.S.T.F.; ACCACIO, L.M.P.; RADL, A.L.M. Fisioterapia aquática, Barueri, SP: Manole, 2007.
  • SILVA, D.C.S. Alterações fisiológicas em gestantes durante a atividade motora no meio liquido. Biblioteca Digital, Janeiro, 2005.
  • WOLFE, L.A.; BRENNER, I.M.; MOTTOLA, M.F. Maternal exercise, fetal well-being out-come. Exerc. Sport. Sci. Rev. v.22, n.145. 1994.

    Fonte: http://www.efdeportes.com/efd147/mudancas-fisiologicas-na-gestacao-e-exercicio-fisico.htm

domingo, 23 de dezembro de 2012

Via de administração de medicamentos

Administração de medicamentos é o processo de preparo e introdução de medicamentos no organismo humano, visando obter efeitos terapêuticos. Segue normas e rotinas que uniformizam o trabalho e, todas as unidades de internação, facilitando sua organização e controle.
Administração de medicamentos é um dos deveres de maior responsabilidade da equipe de enfermagem.
Para administrar medicamentos de maneira segura a enfermagem deve ter alguns cuidados:
- Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação; - Evitar distração e conversas paralelas durante o preparo das medicações, diminui o risco de erros - Obter a prescrição médica (PM), realizar sua leitura e compreende-la, caso haja dúvida, esclarecê-la antes de iniciar o preparo da PM;
Vale ressaltar que toda medicação só pode ser prescrita por profissional competente e autorizado (p.ex.: médicos, odontólogos). Toda prescrição só pode começar a ser preparada se estiver assinada e carimbada pelo profissional habilitado para isso. Prescrição sem assinatura e sem carimbo não é uma prescrição válida.
- Utilizamos de duas regrinhas para evitar erros durante a administração dos medicamentos: Regra dos 5 certos e a Regra das 3 leituras.
• Regra dos cinco certos: 1. Identificar o paciente certo: deve-se identificar o leito e o nome do paciente (p. ex.: leito 08 – Tiago); 2. Identificar o medicamento certo: p. ex.: dipirona; 3. Identificar a dose certa do medicamento a ser administrada: p.ex.: 02ml ou 1 ampola; 4. Identificar a via certa a ser administrada: p ex.: via endovenosa (EV); 5. Identificar a hora certa a ser administrada: p ex.: 16hs
• Regra das três leituras: Confira SEMPRE o rótulo da medicação. Nunca confie. Leia você mesmo.
1. Primeira leitura : antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de medicamentos; 2. Segunda leitura: antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola; 3. Terceira leitura: antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no recipiente.
seremadministradas;
- Após interpretar e entender a prescrição médica, inicia-se o preparo das medicações a - Antes e após o preparo e administração das medicações as mãos devem ser lavadas;
- Lavar as mãos e preparar o material, conforme a vias de administração: bandeja, copo se Via Oral (VO), seringa e agulha do tamanho indicado para cada via, algodão e álcool a 70%; - Realizar etiqueta de identificação de todos os medicamentos que serão preparados (conforme exemplificado acima – NÂO esquecendo das regras que devem ser utilizadas individualmente para cada medicamento a ser preparado); - Verificar o período de validade, alterações no seu aspecto e informações sobre a diluição – não administrar sem estes cuidados prévios; - Utilizar técnicas assépticas no preparo das medicações: não toque no medicamento com as mãos. Quando em comprimido, mantenha-o em blister, ou coloque-o em copo; se líquido, coloque-o em copo, evitando que se molhe o rótulo do frasco; se injetável, utiliza técnica asséptica durante sua aspiração; - Verificar a integridade dos invólucros que protegem a seringa e a agulha: se estiverem molhados, rasgados ou abertos, devem ser desprezados, pois não se encontram mais estéreis; - Deixar o local de preparo de medicação limpo e em ordem, utilizando álcool a 70% para desinfecção da bancada; - Utilizar bandeja ou carrinho de medicação devidamente limpos e desinfetados com álcool a 70%; - Quando da preparação de medicamentos para mais de um paciente, é conveniente organizar a bandeja dispondo-os na seqüência de administração ( por horário e por ordem dos leitos). - Após prepará-lo com técnica, siga com a bandeja até o quarto para administração, certificando-se de todos os certos antes: Inicie a administração, chegando ao leito do paciente e chamando o cliente pelo nome e conferindo o rótulo da medicação (feito previamente) – sempre atento para os 5 certos; - É imprescindível conhecer a técnica adequada para cada via.

Paciente: Leito 09 – Tiago Medicamento: Dipirona Dose: 1 amp ou 2ml Via: EV Hora: 16hs
OBS: Ter atenção em estar sempre verificando a validade do medicamento.
Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa.
- Após administração dos medicamentos, desprezar o material utilizado em local adequado, e não esquecer de lavar as mãos.
Devemos estar atento também para as seguintes observações:
- Manter a bandeja ou o carrinho de medicação sempre à vista durante a administração, nunca deixando-o junto ao paciente; - Esclarecer ao paciente sobre o medicamento que irá receber;
- Efetuar o registro do medicamento administrado, com a hora de realização (no protuário);
- Não deixar o medicamento na mesa de cabeceira do paciente ou permitir que terceiros administrem. Em caso de paciente consciente e medicamento VO, permanecer junto ao paciente até que o mesmo degluta o medicamento; - Utilizar luvas sempre que houver a possibilidade de entrar em contato com secreções ou sangue do paciente; - Todo medicamento administrado deve ser registrado na prescrição;
- Nas aplicações parenterais é importante anotar o local da administração;
- A rejeição do paciente ou familiares de um medicamento deve ser registrada no prontuário e comunicado ao médico (medicação não administrada deverá circular o horário na prescrição); - Anotar no prontuário e comunicar ao médico qualquer reação adversa apresentada pelo paciente após uso da medicação.

Vias de administração

1. Via Oral - Absorção intestinal
- Absorção sublingual
2. Via Retal
3. Via Injetável (Parenteral) - Via intradérmica
- Via subcutânea
- Via intramuscular
- Via endovenosa
4. Outras vias:
-Ocular
- Inalatória (ex: gases utilizados em anestesia e medicamentos contra asma) - Intranasal
- Dérmica
- Vaginal (ex: droga para induzir o trabalho de parto)

1. Via Oral (VO)

A administração de medicamentos por via oral é segura e não requer técnica estéril na sua preparação, nessa via os medicamentos podem ser na apresentação de comprimidos, drágeas, cápsulas ou líquidos; são absorvidos principalmente, no estômago e intestino.
Observação: a medicação via oral não é indicada em clientes apresentando náuseas, vômitos, dificuldade de deglutição, ou estejam em jejum para cirurgia.
Pacientes em uso de Sonda Nasogástrica (SNG) ou Sonda Nasoenteral (SNE) as medicações VO devem ser administradas através das mesmas. Este medicamento deverá ser diluído em água e antes e após a administração deve-se realizar a lavagem das sondas. Evitando assim a obstrução das mesmas.
- Via sublingual (SL) : os medicamentos sublinguais seguem o mesmo procedimento empregado para aqueles de via oral, exceto que a medicação deve ser colocada sob a língua.
Nesse procedimento, solicita-se que o cliente abra a boca e repouse a língua no palato; a seguir, coloca-se o medicamento sob a língua (em comprimidos ou gotas); o cliente deve permanecer com o medicamento sob a língua até a sua absorção total.
Nesse período, o cliente não deve conversar nem ingerir líquido ou alimentos. As medicações administradas por via sublingual promovem uma rápida absorção da droga em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente, deixando pouco resíduo na boca.
Essa via é utilizada para aplicar medicações em algumas urgências, como, por exemplo: medicações para precordialgia e para hipertensão.

2. Via Retal

Muitos medicamentos que são administrados por via oral podem também ser administrados por via retal, em forma de supositório.
São receitados quando a pessoa não pode tomar o medicamento por VO: -náuseas e vômitos;
-impossibilidade de engolir;
-algumas restrições à ingestão, como ocorre em seguida a uma cirurgia.
Pela via retal são aplicados também os enemas. Procedimento:
• Lavar as mãos e calçar as luvas;
• Orientar o paciente sobre o procedimento que será realizado;
• Manter a integridade física do paciente, utilizando biombo e expondo apenas a área do corpo que será utilizada durante o procedimento; solicitar aos acompanhantes que se retirem do quarto durante o procedimento;
• Realizar higiene do paciente antes do procedimento;
Após a administração do medicamento por VO verificar se o paciente deglutiu realmente a medicação.
• Deitar o paciente sobre o lado esquerdo , na cama, mantendo o joelho direito flexionado em direção ao peito e a perna esquerda esticada (posição de Sims). Os braços devem ficar relaxados, apoiados sobre a cama;
• Introduza o aplicador no reto do cliente;
• Acionar o mecanismo do aplicador até que todo o seu conteúdo seja transferido para o intestino;
• Retirar a cânula do reto;
• Manter o cliente deitado , orientando que ele segure o líquido até que sinta forte vontade de evacuar. Em pacientes comatosos colocar comadre antes de iniciar a infusão do líquido para o intestino;
• Higienizar o paciente após evacuação. Se o paciente estiver lúcido encaminha-lo ao banheiro;
• Desprezar o material utilizado em local apropriado;
• Trocar a roupa de cama se necessário;
• Retirar as luvas e despreza-las em local apropriado;
• Lavar as mãos;
• Registrar o procedimento no prontuário. Sem esquecer, se teve retorno e qual aspecto do eliminação.

3. Via parenteral: via injetável

Os medicamentos administrados por via injetável têm a vantagem de fornecer uma via mais rápida; quando a VO é contra-indicada, favorecendo, assim a absorção mais rápida. Para realizarmos esse procedimento, é necessário entender sobre a seringa e sua graduação e o calibre das agulhas disponíveis.
Tipos de agulha:
• 13 x 4,5 = utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; • 25 x 7 ou 25 x 8 = utilizadas para as vias subcutâneas, intramuscular e endovenosa;
• 30 x 7 ou 30 x 8 = utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa;
• 40 x 10 ou 40 x 12 = utilizadas para aspiração das medicações, durante o preparo.
Tipos de seringa:
• 1ml = utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; • 3ml = utilizadas para as vias subcutânea e intramuscular;
• 5ml = utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa (no caso de medicações que não são diluídas);
• 10ml = utilizadas para a via endovenosa;
• 20ml = utilizadas para a via endovenosa;
Preparando a injeção:
- Identificar o medicamento a ser administrado, de acordo com a prescrição médica; - Lavar bem as mãos antes e após de preparar e aplicar a injeção;
- Abrir a embalagem da seringa e da agulha, conectando-as sem tocar na agulha, no bico e nem na haste da seringa, para não contaminá-la;
- Não esquecer de fazer a assepsia da ampola e do fraco ampola com álcool a 70%, antes da aspiração (passar o algodão com álcool a 70% três vezes na ampola);
Preparando medicações armazenadas em ampola:
- Desinfetar toda a ampola com algodão embebido em álcool a 70%; - Proteger os dedos com o algodão embebido em álcool ao destacar o gargalo da ampola;
- Aspirar a solução da ampola para a seringa;
- Proteger a agulha com a própria capa e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro;
- Não esquecer de identificar o medicamento com os 5 Certos, antes da administração;
- Após administração, NUNCA reencapar a agulha, e desprezá-la no descarte apropriado.
Preparando medicações armazenadas em frasco ampola:
- Realize a desinfecção do gargalo da ampola do diluente com algodão e álcool 70%, abra
- Retirar o lacre do frasco ampola e realizar a desinfecção da tampa de borracha com algodão embebido em álcool a 70% (passando o algodão 3 vezes); a ampola, aspire o conteúdo e injete-o pela parede interna do frasco ampola; - Homogeneíze bem o pó com o diluente colocando o frasco ampola entre as mãos e realizando movimentos rotacionais; - Aspire o conteúdo e retire as eventuais bolhas da seringa, expulsando o ar e deixando somente a suspensão; - Despreze o frasco ampola no descarte apropriado.

3.1. Via Intradérmica (ID)

Após aspirar a medicação estar atento para a diluição preconizada para cada medicação.
Após aspirar o conteúdo do frasco ampola lembrar de rediluir a medicação conforme padronização.
Nesta via, os medicamentos são administrados na pele (na derme). Via muito restrita, usada para pequenos volumes (de 0,1 a 0,5 ml). Usada para reações de hipersensibilidade, como provas de ppd (tuberculose), e sensibilidade de algumas alergias.
O local de aplicação mais utilizado é a face interna do antebraço. É também utilizada para aplicação de BCG (vacina contra tuberculose), sendo de uso mundial a aplicação ao nível da inserção inferior do músculo deltóide.
Material necessário:
• Bandeja contendo: luva de procedimento, seringa de 1 ml (100UI), medicação a ser aspirada, agulha para aplicação da medicação (13x4,5), bolas de algodão e álcool a 70%.
Técnica para aplicação: • Observar os protocolos de preparo ;
• Realizar a antissepsia do local de aplicação com algodão embebido em álcool a 70%;
• Esticar a pele utilizando os dedos polegar e indicador para inserir a agulha;
• A agulha deve ser introduzida com o bisel para cima e com angulação de 15graus;
• Injetar o medicamento que não deve ultrapassar 0,5ml, observando a formação de pápula (elevação da pele);
• Descartar a seringa e agulha em recipiente apropriado.

3.2. Via Subcutânea (SC)

Na via subcutânea ou hipodérmica, os medicamentos são administrados debaixo da pele, no tecido subcutâneo. Nesta via a absorção é lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura. Usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-sarampo), anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (insulina). O volume não deve exceder 1,0 ml.
As regiões de injeção SC incluem regiões superiores externas dos braços, o abdome ( entre os rebordos costais e as cristas ilíacas), a região anterior das coxas e a região superior do dorso.
Essa via não deve ser utilizada quando o cliente tem doença vascular oclusiva e má perfusão tecidual, pois a circulação periférica diminuída retarda a absorção da medicação.
Material necessário:
• Bandeja contendo: luva de procedimento, seringa de 1ml ou 3ml, agulha para aspiração da medicação (25x7 ou 25x8), medicação a ser aspirada, agulha
Os locais de administração nesta via devem ser alternados com rigor, evitando iatrogenias.
para aplicação da medicação (13x4,5 ou 25x7), bolas de algodão e álcool a 70%.
Técnica para aplicação: • Lavar as mãos antes e após o procedimento;
• Preparar o medicamento;
• Orientar o cliente quanto ao procedimento;
• Escolher o local a ser aplicada a injeção;
• Realizar antissepsia do local , sempre com algodão embebido em álcool a 70%;
• Com a mão não dominante, fazer uma prega no tecido subcutâneo;
• Realizar a aplicação no ângulo de 90° com agulha 13x4,5 e ângulo de 45° com agulha 25x7, 25x8;
• Realizar aspiração após introdução da agulha certificando-se que não houve punção de vaso sanguíneo, caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado;
• Injetar o medicamento após aspiração local;
• Após administração do medicamento retirar a agulha num único movimento;
• Realizar uma leve compressão no local da aplicação;
• Descartar o material utilizado no local apropriado;
• Lavar as mãos após o procedimento.

3.3. Via Intramuscular (IM)

A administração via intramuscular permite que você injete o medicamento diretamente no músculo em graus de profundidade variados. É usado para administrar suspensões e soluções oleosas, garantidno sua absorção a longo prazo.
Devemos estar atentos quanto a quantidade a ser administrada em cada músculo. É necessário que o profissional realize uma avaliação da área de aplicação, certificando-se do volume que esse local possa receber.
A medicação SC deve ser feita longe de áreas vermelhas, cicatrizes, inflamações, hérnias, feridas cirúrgicas ou escoriações;
NÃO realizar aspiração, no caso de Heparina, pois pode ocorrer a formação de hematomas no local da aplicação;
NÃO realizar massagem no caso de Insulina, pois pode ocorrer aceleração no processo de absorção do medicamento;
NÃO realizar massagem no caso de Heparina, pois podem ocorrer hematomas locais.
Atenção: Não esquecer que esse volume irá depender da massa muscular do cliente, quanto menos a dose aplicada, menor o risco de possíveis complicações.
A escolha do músculo utilizado vai depender do volume a ser aplicado: • 1ª escolha: vasto lateral da coxa - máximo de 5ml;
• 2ª escolha: glúteo ( ventro glútea e dorso glútea) – máximo 5ml;
• 3ª escolha: deltóide ( exceto em vacinas) – máximo 3ml.
Vasto Lateral da Coxa
- Local seguro por ser livre de vasos sanguíneos e nervos importantes; - Extensa área de aplicação;
- Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou crianças chorosas.
- O local de aplicação é 12cm abaixo do trocanter e de 9 a 12cm acima do joelho (no centro dessa região delimitada)
Dorso Glútea
- Indicada para administração de grandes volumes (máximo de 5ml); - Não é indicado para crianças menores de 2 anos;
- ATENTAR para localização do nervo ciático;
- O local de aplicação é o quadrante superior externo do glúteo.
Deltóide
-Massa muscular relativamente pequena, não sendo capaz de receber grandes volumes (máximo de 3ml);
- Não deve ser usado em injeções consecutivas e com substâncias irritantes, pois podem causar abscesso e necrose.
- Contra-indicado para menores de 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimento muscular.
Material necessário:
• Bandeja contendo: luva de procedimento, seringa de 3ml ou 5ml, agulha para aspiração da medicação (40x12), medicação a ser aspirada, agulha para aplicação da medicação (25x8 ou 30x8), bolas de algodão e álcool a 70%.
Técnica para aplicação: • Lavar as mãos antes e após o precedimento;
• Explicar ao cliente o que será realizado. Orientando-o a manter uma posição que auxilie o relaxamento do músculo onde será feita a injeção, evitando o extravasamento e minimizando a dor;
• Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local para aplicação;
• Calçar as luvas de procedimento;
• Fazer antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%;
• Com a mão não dominante, segure firmemente o músculo para aplicação da injeção;
• Introduzir a agulha no músculo escolhido, sempre com o bisel lateralizado, num ângulo de 90°;
• Após introdução da agulha, realizar aspiração certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado;
• Injete lentamente o medicamento após aspiração local;
• Retirar a agulha em movimento único;
• Realizar leve massagem no local da aplicação (é contra indicado para medicamentos de ação prolongada, como os anticoncepcionais injetáveis);
• Descartar o material utilizado em local apropriado;
• Lavar as mãos.
Ventro Glútea
- É mais indicada por estar livre de estruturas anatômicas importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos); - Indicada para qualquer faixa etária;
- Ainda é muito pouco utilizada.
Técnica para aplicação:
• O profissional de enfermagem deve colocar a mão não dominante espalmada sobre a região trocanteriana no quadril do cliente, apontar o polegar para a virilha e os outros dedos para a cabeça do cliente, colocar o indicador sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio para trás ao longo da crista ilíaca. Esta posição formará um V. O centro da letra V é o local para aplicação.
Aplicação Método Trajeto Z
É uma técnica utilizada na aplicação de drogas irritativas para proteção da pele e de tecidos subcutâneos, é um método eficaz na vedação do medicamento dentro dos tecidos musculares.
Deve ser realizada em grandes e profundos músculos, como Glúteo Dorsal ou Ventral.
Técnica para aplicação: • Segure a pele esticada com a mão não dominante;
• Realizar antissepsia do local de aplicação;
• Introduzir a agulha no músculo com angulação de 90°;
• Aspirar a seringa após introdução da agulha, SEM soltar a pele;
• Injete o medicamento lentamente. Ao término da injeção permaneça com a agulha introduzida aproximadamente por 10 segundos, permitindo melhor distribuição do medicamento;
Evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos, paresias, plegias e outros, pois podem dificultar a absorção do medicamento;
As complicações mais comuns desta via incluem o aparecimento de nódulos locais, abscessos, necrose e lesão de nervo.
• Retire a agulha num único movimento e solte a pele. A soltura da pele implicará em vedação do orifício da injeção impedindo a saída do medicamento.

3.4. Via Endovenosa (EV)

É a administração de medicamento diretamente na corrente sanguínea através de uma veia. A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua.
Como o medicamento ou a solução é absorvido imediatamente, a reposta do cliente também é imediata. A biodisponibilidade instatânea transforma a via EV na primeira opção para ministrar medicamentos durante uma emergência. Como a absorção pela corrente sanguínea é completa, grandes doses de substâncias podem ser fornecidas em fluxo contínuo.
Indicam-se diluições em seringas de 10 e 20ml, ou seja, com 10 ou 20ml de água destilada. Para medicamentos com altas concentrações, indica-se diluições em frascos de soluções salinas (Soro Fisiológico 0.9%) ou glicosadas (Soro Glicosado 5%).
Locais mais utilizados para punção venosa:
Região do dorso da mão: - veia basílica;
- veia cefálica;
- veia metacarpianas dorsais.
Região dos membros superiores: - veia cefálica acessória;
- veia cefálica;
- veia basílica;
- veia intermediária do cotovelo;
- veia intermediária do braço.
Região cefálica: utilizada com freqüência em pediatria, quando não há possibilidade de realizar a punção em regiões periféricas.
Material necessário:
• Bandeja contendo: luva de procedimento, garrote, bolas de algodão e álcool a 70%, cateter periférico (scalp ou gelco), esparadrapo para fixar o cateter.
Técnica para punção venosa:
O scalp deve ser trocado a cada 48 horas ou quando houver necessidade (p.ex.; flebite); O gelco deve ser trocado a cada 72 horas ou quando houver necessidade.
• Lavar as mãos antes e após o procedimento; • Explicar o cliente o que será realizado;
• Calçar as luvas de procedimento;
• Deixar o cliente em posição confortável com a área de punção apoiada;
• Escolher o local para punção ( sempre iniciar a punção pelas veias das extremidades);
• Garrotear o local para melhor visualizar a veia;
• Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70% no sentido do proximal para distal;
• Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para cima, introduzir a agulha num ângulo de 45°;
• Após a punção realizar a fixação adequada com esparadrapo;
• Identificar o esparadrapo com data para controle de uma nova punção;
• Reunir o material utilizado e coloca-lo em local apropriado;
• Realizar anotação de enfermagem do procedimento, descrevendo local e intercorrências.
Durante a administração das medicações podem ocorrer alguns acidentes relacionados à manutenção e permanência do dispositivo venoso: 1. Extravasamento: ocorre infiltração da medicação ou solução que está sendo injetada, causando a formação de edema, dor local. A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado;
2. Obstrução: ocorre quando a infusão é interrompida por algum momento e o dispositivo fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo, impedindo a infusão da solução. Indica-se a injeção de solução salina ou água destilada (10ml em seringa de 10ml em bolus), garantindo assim a permeabilidade do cateter;
3. Flebite: ocorre uma inflamação na veia, após a punção venosa e/ou administração da medicação; o cliente apresenta dor local, calor, edema, sensibilidade ao toque e hiperemia (vermelhidão). A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado.
Atenção para não esquecer perfuro-cortante no leito ou no quarto do cliente. É risco de auto-contaminação para o cliente e para a equipe.
NÃO reencape as agulhas após realizar o procedimento de aplicação injetável de medicamentos (ID, SC, IM e EV). Risco de auto-contaminação.
Durante infusões endovenosas podem ocorrer reações pirogênicas ou bacterêmicas e é importante observar suas manifestações clínicas. Em ambas as situações poderão ocorrer calafrios intensos, elevação da temperatura, tremores, sudorese, pele fria, queda da pressão arterial, cianose de extremidades e/ou labial, com abrupta queda do estado geral do paciente. Estas reações se verificam logo após o início da administração de uma terapia endovenosa, e devem cessa assim que esta é interrompida. Em caso de suspeita, deve-se:
Interromper imediatamente a administração da terapia endovenosa; Retirar o cateter da veia do cliente e puncionar novo acesso; Medicar o cliente conforme prescrição médica.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABtbgAA/via-administracao-medicamentos#

SINAIS VITAIS


SINAIS  VITAIS
Prof.  Alecssandra Viduedo 


 Sinais  vitais 
  • Sinais vitais  são aqueles que evidenciam o funcionamento  e as alterações da função corporal.  Por serem os mesmos relacionados com a  própria existência da vida, recebem o  nome de sinais vitais.

 Variações aceitáveis (Potter, Perry, 2009) 
120x80mmHg Pressão Arterial 
12 a 20 rpm Freq.Respiratória 
60a 100 bpm Pulso 
36,5◦C Média axilar 
37,5◦C Média retal 
37◦C Média oral e timpânica 
36◦C a 38◦C temperatura 
Variações  
Sinais vitais
  Condições que  alteram os sinais vitais 
  • Medicações,    Condições do ambiente ,  Exercício ,  Estado emocional
 TemperaturaT= quantidade de  calor produzido -quantidade de calor perdido
 
 Termorregulação  
  • Temperatura corpórea  central (constante)
  • Temperatura corpórea superficial (varia)
  • Hipotálamo anterior (perda de calor)
  • Hipotálamo posterior (produção de calor)

    Mecanismos de  perda de calor 
  • Inibição da produção  de calor (central)
  • (Superficiais)
  • Radiação
  • Condução
  • Convecção
  • Evaporação
  • Diaforese

 Fatores que  afetam a temperatura corpórea 
  • Idade
  • Exercício
  • Nível hormonal
  • Ritmo circadiano
  • Estresse
  • Ambiente
  • Alterações de temperatura

     
Febre ou pirexia 
  • Pirógenos ↑ temperatura
  • aumentam o ponto de ajuste de temperatura (calafrios).
  • Destruição dos pirógenos
  • Início da perda de calor
  • Vasodilatação, hiperemia
  • Diaforese e evaporação
  • Estado afebril.
 Outros meios  de controle da temperatura 
  • ↑temperatura ↓concentração de Fe= ↓bactérias.
  • ↑temperatura ↑interferon= ↓vírus.  
  • Febre ↑metabolismo  basal= ↑Fr e ↑Fc

     
Padrões de  febre 
  • Sustentada
  • Intermitente
  • Remitente
  • Recidivante
  • ↑diaforese= déficit do volume de líquidos.
     
Hipotermia  
  • Exposição prolongada  ao frio impede o ↑temperatura.
  • Sinais de hipotermia:
  • 35C tremores, perda de memória, depressão, menos cognição.
  • 34,4C Fc, Fr, PA ↓cianótica.
  • Disritmia cardíaca, perda de consciência, ausência de resposta a estímulos.
     
Locais para  medir a temperatura 
  • Boca 
  • Reto
  • Axila
  • Região temporal
  • Raramente na prega inguinal
     
Coleta de dados  (materiais necessários) 
  • Ficha de anotação.
  • Termômetro adequado
  • Algodão embebido em álcool 70%.
  • Formulário de registro e caneta.
  • Relógio.
  • Bandeja ou cuba para transporte.
  • (temp. Retal- luva de procedimento e lubrificante)

     
Procedimento (temperatura  axilar) 
  • Lavar as mãos;
    - Explicar ao paciente o que vai ser feito;
    - Fazer desinfecção do termômetro com o algodão embebido em álcool a 70% e certificar-se que a coluna de mercúrio está a baixo de 35o C;  Enxugar a axila com a roupa do paciente (a umidade abaixa a temperatura da pele, não dando a temperatura real do corpo);
    - Colocar o termômetro com reservatório de mercúrio no côncavo da axila, de maneira que o bulbo fique em contato direto com a pele;
    - Pedir o paciente para comprimir o braço em encontro ao corpo, colocando a mão no ombro oposto;
    - Após 5 minutos, retirar o termômetro, ler e anotar a temperatura.
    - Fazer desinfecção do termômetro em algodão embebido em álcool a 70% e sacudí-lo cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça abaixo de 35o C ( usar movimentos circulares = força centrífuga);
    - Lavar as mãos.
  • - Realizar as anotações de enfermagem.
Comunicar o paciente do resultado.
 
Diagnósticos de  enfermagem realcionados 
  • Risco de desequilíbrio  da temperatura corporal.
  • Hipertermia
  • Hipotermia
  • Termorregulação ineficaz.

     
 Exemplo de Prescrições  
  • Manter o paciente  em ambiente arejado (protegido do frio  e do calor excessivo)
  • Manter vestuário adequado para temperatura ambiente.
  • Manter hidratação, lembrando das patologias com restrições hídricas.
  • Manter boa alimentação para fortalecimento do sistema imunológico.  

Pulso
 
  • O pulso é  a delimitação palpável da corrente sanguínea  na artéria periférica.
  • O coração bombeia 5000ml de sg por minuto.
  • DC= VE x FC
  • Ex: vol. Ejeção=70ml
  • Freq. Cardíaca=70bpm
  • DC=4900ml
 Local para  tomar a pulsação 
  • Mais comuns: artéria  radial,carótida. Uso do estétoscópio:  para acessar a frequência apical.(quinto EIC  LMC esquerda)   gualdade entre o lado direito e esquerdo

     
Características  do pulso 
  • Frequência (taquicardia,  bradicardia)  
  • Ritmo (disritmia)  
  • Força =volume de  sangue ejetado forte, fraca, imperceptível.

     
Fatores que  influenciam o pulso 
  • Exercício
  • Temperatura
  • Emoções
  • Drogas
  • Hemorragia
  • Mudanças posturais
  • Condições pulmonares
     
Materiais 
  • Ficha de anotação
  • Relógio.
  • Caneta (A cor depende)  

Procedimento
 
  • Lavar as mãos, 
    - Explicar ao paciente o que vai ser feito; investigar fatores que podem alterar o pulso.
    - Manter o paciente confortável (deitado ou sentado). O braço apoiado na cama ou mesa e com a palma voltada para baixo;
    - Colocar os dedos indicador, médio e anular sobre a artéria, fazendo leve pressão, suficiente para sentir a pulsação.
    - Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem.
    - Contar os batimentos durante 1 minuto.
    - Se necessário, repetir a contagem.
    - Lavar as mãos.
  • -Anotar e comunicar ao paciente do resultado.
Apical
 Lavar as mãos
  • Comunicar o paciente e investigar fatores que alterem a pulsação.
  • Retirar a vestimenta, respeitando a privacidade do paciente.
  • Localizar o ponto apical (quinto EIC na LMC esquerda)
  • Aqueça o diafragma do estetoscópio nas mãos.
  • Verifique a frequência cardíaca
  • Recoloque o vestuário.
  • Lavar as mãos
  • Anotar e comunicar o paciente dos resultados
     
Diagnósticos de  enfermagem possíveis 
  • Intolerância a  atividade
  • Ansiedade
  • Débito cardíaco diminuído
  • Medo
  • Volume de líquido excessivo ou deficiente.
  • Hipertermia
  • Hipotermia
  • Dor aguda
  • Perfusão tissular prejudicada.
     
Plano de cuidados  
  • O plano de  cuidados é baseado nos diagnósticos estabelecidos  para cada paciente e fatores relacionados.
     
Frequência respiratória 
  • É a troca de gases entre a atmosfera  o sangue e as células.
  • Ventilação
  • Difusão
  • Perfusão
     
Inspiração ------estimula  o nervo frênico
                                            ↓
                         Contração do diafragma 
Em um movimento respiratório-inala  500ml de ar.



 
Trauma abdominal ou cabeça
             ↓                          ↓      
Lesão  NF        ou            TC 

 

                Alteram a respiração       
 Fatores que  influenciam a respiração 
  • Exercício
  • Dor aguda
  • Ansiedade
  • Tabagismo
  • Posição corporal
  • Medicações
  • Lesão neurológica
  • Função da hemoglobina  
Alterações do  padrão respiratório 
  • Bradipnéia 
  • Taquipnéia
  • Hiperpnéia
  • Apnéia
  • Hiperventilação
  • Hipoventilação
  • Respiração de cheyne-stokes
  • Respiração kussmaul
  • Respiração de biot.
     
materiais 
  • Ficha de registro.
  • Relógio
  • Caneta
     
Procedimento
 
Deitar o paciente ou  sentar confortávelmente.Investigar fatores que  podem influenciar a FR. 
Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os 2 movimentos (inspiração e expiração) somam um movimento respiratório.
Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação.
Contar durante 1 minuto.
Lavar a mão.

 comunicar o resultado ao paciente.
 Lavar as mãos.
Anotar.
 
Observação:
Não permitir que o paciente fale,
Não contar a respiração logo após esforços do paciente.
 

Diagnóstico de  enfermagem 
  • Intolerância a  atividade
  • Desobstrução ineficaz de vias aéreas.
  • Ansiedade
  • Padrão respiratório ineficaz.
  • Troca de gases prejudicada.
  • Dor aguda.
  • Perfusão tissular ineficaz.
  • Resposta disfuncional ao desmame ventilatório.  
Plano de cuidados
 

  • O plano de  cuidados é baseado nos diagnósticos estabelecidos  para cada paciente e fatores relacionados.

     
Pressão arterial  
  • É a força exercida sobre a parede de uma artéria pelo sangue pulsante sob a pressão do coração.
  • Pressão sitólica
  • Pressão diastólica
     
Fisiologia da  PA 
  • ↑volume de sangue↑o débito cardíaco ↑aumenta o volume dentro do vaso ↑pressão arterial.
  • Resistência periférica.
  • Volume de sangue
  • Viscosidade
  • Elasticidade
     
Fatores que  alteram a PA 
  • Idade
  • Estresse
  • Etnia
  • Sexo
  • Variação diária (circadiana)
  • Medicações
  • Atividade e peso
  • Tabagismo

     
Para realizar  diagnóstico de hipertensão
 

  • Deve ser aferida  a Pressão pelo menos duas vezes em  consultas subsequêntes. 
  • Cuidados com o tamanho do manguito e como ele é colocado no braço.
     
Materiais necessários 
  • Impresso próprio  para anotação
  • Caneta
  • Algodão com álcool
  • Esfignomanômetro
  • Estétoscópio
  • Cuba ou bandeja para transporte
     
Procedimento  
Explicar ao paciente sobre  o cuidado a ser executado; investigar  histórico do paciente.
Lavar as mãos
Manter o paciente deitado ou sentado, com o braço comodamente apoiado ao nível do coração.
Deixar o braço descoberto, evitando compressão.
Colocar o manguito 2,5 cm acima da prega do cotovelo, (fossa cubital) palpar a artéria braquial, localize a seta do manguito na direção da arteria braquial .
Prendendo-o sem apertar demasiado, nem deixar muito frouxo.
Não deixar as borrachas se cruzarem devido aos ruídos que se produzem,

     Colocar o manômetro de modo que fique bem visível.
Palpar o pulso radial.
 

Procedimento 
  • Fechar a válvula  de ar e insuflar  o manguito até  o desaparecimento do pulso radial. (pode insuflar 30mmHg a mais)
  • - Abrir a vávula até sentir o pulso radial (pressão sitólica)- .
    - Desinsuflar e esperar 30 segundos.
  • Palpar a artéria braquial apoiar o diafragma do estetoscópio, Insuflar novamente com 30 mmHg a mais do que foi sentido no pulso radial, e abrir a válvula vagarosamente.-
    - Observar no manômetro o ponto em que são ouvidos os primeiros batimentos ou sons de KorotKoff ( pressão sistólica).  
     
Procedimento
    Observar o ponto em que o som foi ouvido por último ou sofreu uma mudança nítida (pressão diastólica) desaparecimento dos sons de KorotKoff.
Retirar todo o ar do manguito, removê-lo e deixar o paciente confortável.
Lavar as mãos.

   Comunicar o paciente do resultado.
   Anotar os valores
   Colocar o material em ordem. Limpar as olivas auriculares com algodão embebido a álcool 70%.  
 

PA na extremidade  inferior 
  • Os mesmos procedimentos  iniciais
  • Manguito 2,5cm acima da artéria poplítea
  • Decúbito dorsal
  • Joelho flexionado
  • Palpar a artéria poplítea
  • Proceder da mesma maneira que a mensuração nos MMSS.
     
Diagnóstico de  enfermagem 
  • Intolerância a  atividade
  • Ansiedade
  • Débito cardíaco diminuído
  • Volume de líquidos deficiente ou excessivo
  • Risco de lesão
  • Dor aguda
  • Perfusão tissular ineficaz
 Plano de cuidados
 
  • O plano de  cuidados é baseado nos diagnósticos estabelecidos  para cada paciente e fatores relacionados.  
Referencias  
  • Luís  Roberto Araujo Fernandes D:\Semiologia e semiotécnica\SINAIS VITAIS.htm.
  • Owen Epstein. Exame Clínico. Elsevier,2003.
  • Potter e Perry Fundamentos de Enfermagem, 2007.