quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Qual a melhor hidratação: água de coco ou isotônico?


13-10-24- isotonico


A necessidade de hidratação durante o exercício depende de fatores como a duração do exercício, intensidade, modalidade, temperatura, ambiente, entre outras variantes. 

De acordo com Myrna Campagnoli, endocrinologista do Laboratório Frischmann Aisengart, para indivíduos que não são atletas e que praticam exercícios de até 45 minutos de duração a hidratação somente com água pode ser suficiente. “Precisamos esclarecer que os isotônicos são bebidas que possuem a composição aproximada à do suor, ou seja, mantêm o equilíbrio entre água e sais minerais. Todavia, estas bebidas podem ter na composição corantes, aromatizantes, além de calorias”, fala.

A Dra. Myrna destaca que a água de coco, pode ser uma boa opção para reidratar, pois é rica em vitaminas, fibras e minerais, e apresenta um valor calórico reduzido. “Além de ser natural, já é suficientemente adocicada e pode ser consumida em quantidades um pouco maiores que o isotônico. Vale lembrar que os principais sais minerais encontrados nesta bebida são o sódio e o potássio, mas ela também contém cálcio, magnésio, manganês, ferro, zinco e cobre. A quantidade de sódio equivale a apenas 6% da necessidade diária. Portanto, o seu consumo em quantidades moderadas é saudável e não representa um risco para a saúde”, comenta.

Para os esportistas de plantão, a endocrinologista ressalta que, para aqueles que praticam atividade física leve e moderada, a reposição com água de coco ou simplesmente com água é uma ótima opção. Se optar por utilizar a água de coco, apesar do seu baixo valor calórico, a ingestão deve ser moderada e, assim como os isotônicos, não deve ultrapassar 150 a 200 ml para cada 20 minutos de atividade física, fracionados durante a atividade física e intercalados com água. “Para os atletas de alta performance, em provas longas (com duração acima de 3 horas) é indicada a reposição com isotônicos intercalados com água, no volume de 400 ml a 800 ml por hora, dependendo de fatores individuais (sexo, idade, peso corporal, dentre outros). A água de coco também pode contribuir para a hidratação, pois é um isotônico natural”, diz.

Myrna lembra ainda que o consumo de água de coco ou isotônico tem como única função a hidratação e reposição das perdas calóricas. Não existe nenhuma correlação com aumento do desempenho físico, ou seja, de fornecer mais energia. “Por isso, o consumo deve ser sempre moderado e compatível com o nível de atividade física e das perdas calóricas”, finaliza.

Matéria publicada no site Paranashop.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Tire nove dúvidas sobre o exame Papanicolau


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Exame ajuda a detectar câncer de colo de útero e alterações causadas pelo HPV

Por Letícia Gonçalves - publicado em 16/01/2013 


O Papanicolau é um exame que deve estar no topo da lista de prioridades de todas as mulheres sexualmente ativas. Cada vez mais há estudos que comprovam a importância dele. O mais recente, divulgado dia 9 de janeiro pela revista Science Translational Medicine, aponta que o teste poderá detectar até câncer de ovário e câncer de endométrio, além de câncer de colo do útero e outras doenças. 

Também chamado de Citologia ou Colpocitologia Oncótica, o exame é poderoso e ao mesmo tempo simples - consiste na coleta de material do colo do útero com uma "colher de raspagem". De acordo com um estudo publicado na edição online do British Medical Journal (BMJ), a taxa de sobrevivência de mulheres com câncer de colo do útero detectado pelo exame chega a 92%, enquanto aquelas que são diagnosticadas apenas pelos sintomas apresentam uma taxa de sobrevivência de 66%. Para tirar as dúvidas mais comuns sobre como o Papanicolau funciona, confira as respostas de ginecologistas a seguir. 

1. O Papanicolau ajuda a detectar quais doenças?

Além do câncer de colo do útero e de suas lesões, o exame ajuda a diagnosticar infecções vaginais como Gardnerella vaginalis, Tricomoníase e candidíase. "Como a coleta do exame envolve exame genital, também é possível perceber doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, gonorreia, condilomatose, clamídia e cancroide", afirma o ginecologista Rodrigo Hurtado, da clínica Origen de Contagem (MG). 

2. Com qual a idade a mulher precisa realizar o exame?

Não há uma idade certa. Assim que inicia a sua vida sexual, a mulher já deve começar a realizar a citologia. "O vírus HPV só pode ser transmitido ao colo uterino por relação sexual e é este o principal causador de câncer de colo do útero", explica o ginecologista. 

3. Qual é a melhor época para realizá-lo?

Segundo Rodrigo, o único período que impossibilita a realização do exame é nos dias em que a mulher está menstruada. Antes de marcar o exame, portanto, é preciso checar o calendário menstrual e calcular quando será a próxima menstruação.
 

4. De quanto em quanto tempo ele precisa ser feito?


Mulher deve evitar ter relação sexual 48 horas antes
"O ideal é fazer uma vez por ano", conta o ginecologista. Em casos de alto risco, como quando a mulher tem HPV, o médico pode recomendar um exame mais frequente, de seis em seis meses por exemplo.

5. Há algum risco à mulher?

Rodrigo Hurtado garante que não há qualquer risco. "Ao contrário, o exame permite o diagnóstico precoce com grandes chances de tratamento e cura", alega o médico. 

6. O Papanicolau detecta HPV?

Na verdade, esse teste não é específico para detectar HPV. "No entanto, o exame pode detectar a presença de anormalidades nas células do colo ou da vagina que são causadas pelo HPV", explica o ginecologista Achilles Cruz, de São Paulo, especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP. 
Se isso acontecer, o médico irá indicar exames complementares, como a Colposcopia e a Captura Híbrida. O primeiro exame avalia o tecido de revestimento do colo da vagina através da ampliação da imagem e da aplicação de reagentes. "Na presença de alterações, será feita a biópsia do tecido que permite identificar a infecção pelo HPV", explica Achilles. Já a Captura Híbrida é um exame de tecnologia avançada que detecta se há um ou mais tipos do vírus HPV, que podem causar o câncer de colo do útero. 

7. O Papanicolau pode falhar?

Pode. "Estudos mostram que cerca de 50% das pessoas infectadas podem ter falha na detecção do vírus HPV por meio do teste de Papanicolau", conta Achilles Cruz. Por isso, é importante realizar exames complementares dependendo das condições da mulher - o ginecologista terá o cuidado de avaliar quais casos são necessários. 

8. A mulher pode ter relações sexuais no dia anterior ao do exame?

Não. Para ter uma maior eficácia no resultado, os médicos recomendam os seguintes cuidados a serem adotados 48 horas antes do exame: 
  • Não usar creme e/ou óvulo vaginal
  • Não utilizar ducha na região e não fazer lavagem interna
  • Não realizar exame ginecológico com toque, ultra-sonorgrafia transvaginal e/ou ressonância magnética da pelve
  • Não manter relações sexuais, com ou sem uso de preservativos.

9. Mulheres virgens também podem fazer o exame?

Sim, as mulheres virgens também podem realizar o exame de Papanicolau, mas são situações especiais indicadas pelo médico. "A coleta do material, neste caso, é feita por meio da utilização de espéculo próprio para mulheres virgens, com o auxílio de uma espécie de cotonete", explica o ginecologista Achilles, que também garante que não há prejuízo para a paciente, nem risco de ruptura do hímen. 

Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/materias/15982-tire-nove-duvidas-sobre-o-exame-papanicolau